Novidades da TI da RNP são tema do encontro técnico de Infraestrutura e Governança

Wederson Oliveira

Hoje, 22/10, o encontro técnico de Infraestrutura e Governança trouxe, para os participantes do 21º SCI, detalhes técnicos sobre a integração de bases de usuários dos Pontos de Presença (PoPs), a automação para a configuração de servidores, a replicação de dados entre datacenters e o monitoramento distribuído de serviços.

Para o analista de TI da RNP, Alberto Viana, “o principal motivador para a integração das bases foi o eduroam. Queríamos deixar a administração dos usuários por conta do PoP. Atualmente, temos 15 que já aderiram e três PoPs estão em processo, com, aproximadamente, 99 usuários já replicados e a completa administração por vocês e a padronização do projeto”, disse, dirigindo-se à plateia.

Como serviços disponíveis, graças à integração, Viana apontou todo o catálogo da RNP, com destaque para a Comunidade Acadêmica Federada (CAFe), “que tem serviços de outras NRENs (redes acadêmicas)”. “Também teremos o projeto de fornecer e-mails para as instituições públicas e, por conta disso, a RNP se tornará provedora de serviços do Zimbra”, revelou.

“As características do serviço são cota de 10 GB; multitenant, a ideia é passar a administração para vocês, limitando o número de estocagem; antispam; suporte a cluster; balanceamento de carga; e backup. Quem já aderiu foi o PoP-SP. O próximo PoP a ser migrado é o de Espírito Santo”, detalhou.

Com relação à automação para configuração de servidores, o analista de TI da RNP, João Macaíba, lembrou que “a GTI (Gerência de Tecnologia da Informação) começou a notar um número cada vez maior de serviços complexos na arquitetura, com uma diversificação de subcomponentes, aumento no número de nós necessários para implementar serviços. Isso demandou um maior cuidado na hora de gerenciar e implementar esses serviços”.

“Para piorar, tínhamos uma receita de bolo, um conjunto de instruções em sequência para implementar um conjunto de recursos. Só que você não consegue identificar que itens dessa receita de bolo são instâncias passíveis para configuração. Utilizar a receita de bolo como especificação de serviço não ajuda no entendimento e nos torna permanentemente dependente dos fornecedores para a operação de coisas simples. Assim, a essência do gerenciamento de configuração é estabelecer e garantir a especificação de recursos (arquivos, pacotes, serviços etc.) em computadores”, descreveu Macaíba.

Dando continuidade ao bate-papo, o coordenador de Infraestrutura de TI da RNP, Wederson Oliveira, falou sobre a replicação de dados entre data centers. “O objetivo é fornecer infraestrutura distribuída e replicada para os serviços avançados. Mesmo os serviços distribuídos, como o Mconf, têm seus principais nós no IDC (Internet Data Center), em Brasília. Assim, a ação visa resolver isso, buscando alta disponibilidade, segurança, monitoramento, escalonamento de recursos, backup distribuído e, principalmente, a independência de infraestrutura de um único data center”, conceituou.

O coordenador posicionou os espectadores que, apesar de a RNP ter dois Centros de Dados Compartilhados (CDCs), um em Manaus e outro em Recife, utiliza nesse trabalho apenas o último. “Vamos replicar através do backbone da RNP serviços para lá (Recife) e vice-versa (Recife-Brasília). Esperamos ter toda a infraestrutura duplicada (de serviços avançados) entre o IDC, em Brasília, e o CDC de Recife, já que há no CDC Recife há um rack de equipamentos igualzinho ao de Brasília. No total, são 16 servidores em cada site”, afirmou.

Por fim, o analista de TI, Paulo Júnior, mostrou como se dá o monitoramento distribuído de serviços. “A motivação inicial foi a necessidade de criar uma visão descentralizada da saúde dos serviços e estados de ativos tanto no IDC quanto nos PoPs. Associado a isso, precisávamos aplicar novas métricas. Fizemos um piloto envolvendo os pontos de Rondônia, Roraima e Maranhão, e a ferramenta escolhida foi a Centreon”, declarou.