PoPs compartilham experiências em encontro técnico do 21º SCI

Rafael Emerick

No primeiro encontro técnico de hoje, 21/10, representantes de Pontos de Presença da RNP (PoP) de diferentes regiões do país compartilharam experiências e soluções tecnológicas com os demais participantes do 21º SCI.

Rafael Emerick, do PoP do Espírito Santo (PoP-ES), explicou a importância de “navegar na cultura DevOps”. “Tudo está convergindo para software porque precisamos gerar inovação. O modelo de desenvolvimento mudou. Você precisa ter uma ideia e levar rapidamente ao mercado”, disse.

Para ele, esse foco no desenvolvimento ágil propicia o uso de DevOps. “É uma maneira de pensar de modo a aumentar a entrega da inovação. (...) O que estamos investindo no PoP é, ao invés de acabar com virtualização, criar máquinas virtuais e dentro delas colocar os contêineres isolados”, revelou. “A cultura DevOps é emergente para as equipes de operação e tem grande potencial para catalisar inovação no ambiente de TI”, sentenciou.

Em seguida, Murilo Vetter, do PoP de Santa Catarina (PoP-SC), apresentou o Sistema de Controle de Acordos de Nível de Serviço (cSLA). “Tínhamos um problema: a questão da mensuração do SLA (do inglês, service level agreement)”, disse.

E isso foi resolvido a partir de 2014, com a nova ferramenta. “O cSLA trabalha com o conceito de circuitos, é integrada ao RT, permite envio de e-mails, SMS, possui mapa de visualização de clientes para acompanhamento de chamados, painel de monitoramento, cadastro de manutenções programadas, fechamento automático de chamados quando se detecta falta de energia. A ferramenta permite criar um processo bem definido de operação de enlaces e os clientes agora tem um mapa público de acompanhamento de chamados”, detalhou Vetter.

Paulo Telles, do PoP Paraná (PoP-PR), falou sobre o processo em andamento de passagem do modelo artesanal para o automático de configuração de roteadores Juniper com o software Ansible. “O que temos nos PoPs? Um modelo artesanal, que são nossas máquinas, uma coleção de scripts em Shell e Python, uma documentação de como fazer isso e, geralmente passamos horas e horas repetindo tarefas. Mas o ideal é o modelo industrial, com máquinas, equipamentos e ativos, e uma descrição human-readable and machine parsable da infraestrutura”, defendeu.

“Para ter isso, invariavelmente, você usará uma ferramenta de gerenciamento de configuração”, garantiu, completando que a escolhida pelo PoP-PR foi a Ansible, “que traz muitos benefícios para a sua equipe, pois todos entendem as tarefas de configuração”.

Por fim, Christian Lyra, também do PoP-PR, posicionou a plateia sobre o projeto Serviços Avançados@PoPs, que visa disponibilizar o catálogo da RNP a todos os pontos. “Fizemos a aquisição de access points da Aruba, vamos distribuir dois para cada PoP. O próximo projeto que estamos atacando é o VoIP@PoP. A ideia é criar uma solução para abarcar as diferentes realidades”, adiantou.