Estratégia da RNP e Internet das Coisas são destaques da abertura do 21º SCI
O diretor de Engenharia e Operações da RNP, Eduardo Grizendi, e o consultor de mercado em novos negócios, inovação, saúde digital e big data, Eduardo Prado, abriram os encontros técnicos do 21º SCI, em Goiânia (GO). O primeiro falou sobre a estratégia da RNP para 2020 e o segundo, sobre Internet das Coisas (em inglês, Internet of Things – IoT).
“Estamos desenvolvendo uma nova infraestrutura para o nosso backbone nacional, a rede Ipê. A médio e longo prazo, devemos ter direito ao uso de uma fibra ou espectro de uma fibra. Tínhamos o projeto de anel de 100 Gb/s e ele virou parte da rota Fortaleza-Porto Alegre. Apesar das restrições orçamentárias, continuamos empenhados em implantar essa rota. Também já estamos em negociação de uma rota no Sudeste e de outra no trecho Fortaleza-Belo Horizonte”, revelou Grizendi.
“Agora, queremos fazer o upgrade dos circuitos internacionais. O projeto Bella (Building Europe Link to Latin America) vem com uma capacidade contratada, domínio sobre espectro, de 40%, dando conectividade para Europa sem passar pelos EUA”, disse. “Até o fim do ano, faremos o esforço de levar capacidade de pelo menos 20 Mb/s para todas as nossas instituições usuárias. A ideia é construir uma infraestrutura escalável ao longo dos anos, com atendimento no interior de pelo menos 1 Mb/s. Essa é a estratégia da RNP para 2020”, completou o diretor.
Na sequência, o engenheiro eletrônico Eduardo Prado apresentou o conceito de IoT, que “conecta dispositivos, sejam eles industriais ou do consumidor, habilitando a coleta de informações de gerenciamento dos dispositivos através de software”.
Para ele, “a Internet das Coisas vai provocar oportunidades com o big data, porque, à medida que tivermos uma quantidade enorme de sensores, teremos muitos dados à mão. E ressuscitaremos as estatísticas. Com o big data, teremos otimização e predição. Ou seja, poderemos usar os dados de um processo para inferir o que ocorrerá no futuro”, detalhou.
Como exemplos de aplicações de IoT citou o uso business to business, em fábricas, na operação, em manutenção preditiva; em cidades inteligentes, para o gerenciamento de recursos, energia, água, trânsito; e na saúde, destacando o acompanhamento de doenças crônicas. “O principal problema de doenças cardíacas, pulmonares e renais, da asma e da diabetes, é a adesão à medicação, isto é, o paciente tomar o remédio na hora certa. E será possível monitorar isso com Internet das Coisas, com dispositivos vestíveis, por exemplo”, ressaltou. “O grande potencial de valor da Internet das Coisas é a interoperabilidade. Se não tiver protocolo comum, nem tudo fala com todo mundo”, finalizou Prado.