ESR festeja os dez anos com novos cursos
“A ESR é filha do SCI. É fruto do ambiente de troca e colaboração que nasceu no evento. Em dez anos, chegamos a 18 mil alunos, com mais de 51 cursos disponíveis na grade em sete áreas”, afirmou o coordenador nacional da Escola Superior de Redes, Luiz Coelho, no encontro técnico de capacitação.
Como novidade da unidade, mostrou a nova área de desenvolvimento de sistemas, com cursos em Java, banco de dados e Phyton. Luiz convidou ainda os participantes do evento que não estão inscritos em cursos a irem à oficina sobre como melhorar a qualidade da rede interna, de 20 a 22/10, de 9h às 12h.
Na sequência, foram apresentados resumos dos cursos ministrados no evento deste ano. O primeiro foi o fone@RNP. O especialista em Serviços da RNP e instrutor, Alex Galhano, disse que uma das principais vantagens da aplicação VoIP que funciona sobre a RNP é a “economia em chamadas de longa distância”. “Serão um milhão reais de economia de telefone este ano. O custo de implementação é baixo, de menos de 20 mil por instituição. O custo de manutenção também é baixo e a economia é de, em média, 25% da conta de telefonia. O fone@RNP pode servir também de rota alternativa quando a operadora falhar”, destacou.
Instrutor do curso de Gestão de Vulnerabilidades de Segurança, o analista do Centro de Atendimento a Incidentes de Segurança (CAIS), André Landim, ratificou a importância do tema “porque proporciona conhecimento e transparência, auxilia a tomada de decisões e é um indicativo da qualidade em TI (Tecnologia da Informação) e SI (Segurança da Informação)”. “A tendência é só aumentar a quantidade de vulnerabilidades”, complementou.
Apresentando o tema Cibersegurança, Edson Kovask ressaltou que “a segurança deve ser pensada como sistemas que se encontram interconectados”. Intrinsicamente relacionado à governança corporativa, a cibersegurança deve estar inserida na estratégia da organização, auxiliando na avaliação de riscos corporativos.
Já o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dorgival Guedes, defendeu que as Redes Definidas por Software (SDN) são “um jeito diferente e novo de olhar para redes de computadores, transferindo para o software o controle da rede”. Para ele, o tema é relevante pois está sendo tratado por grande parte da comunidade acadêmica de redes, além de grandes empresas, como a Cisco, a HP, a Google, a Microsoft, o Facebook, a Oracle, dentre outras.
Carlos Barrére, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), trouxe uma provocação “Vídeo: você vai ser o último a utilizar?”. Segundo ele, o consumo de audiovisual é crescente. “O YouTube possui mais de um bilhão de usuários por dia. O número de horas de visualização de vídeos cresce 60% a cada ano. As vantagens são o aprendizado, a capacitação e a divulgação, a maior eficiência e eficácia e a velocidade na disponibilização de novos conteúdos. A desvantagem é que muita gente não tem o domínio da produção, considera o custo alto e não sabe desenvolver o conteúdo certo para o seu público-alvo”.
Ainda sobre o tema, o instrutor John Lemos Forman definiu os Moocs, Massive Open Online Courses, cursos gratuitos e sem requisitos, na internet, que permitem a matrícula de vários alunos. “Há mais de 400 universidades oferecendo Moocs em 2015. O primeiro oferecido no Brasil foi pela Veduca em parceria com a USP (Universidade de São Paulo) em 2013”, disse.
Fernando Redigolo, do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores da USP (Larc-USP), mostrou a relação entre eCiência, eArte e o profissional de TIC. Ele exemplificou eCiência com usos meteorológicos e astronômicos, destacando que “esse tipo de tráfego precisa ser tratado de modo diferenciado, para garantir seu funcionamento fim a fim, com redes personalizadas, customizadas”.
Com relação ao curso de Gestão de Processos de Negócios, a consultora Francette Amorim ressaltou o fator humano da disciplina gerencial que organiza o encadeamento das atividades produtivas. “95% é gestão de pessoas e 5%, técnicas”, garantiu.
Por fim, Rafael Gomes, da Universidade Federal da Bahia (UFBA) defendeu a integração das equipes de Desenvolvimento e de Operações prevista no DevOps, que conceituou como “uma cultura, uma nova forma de fazer o que era feito antes”. “O difícil é integrar as equipes, porque elas estão o tempo todo apagando incêndios. Mas resolvemos isso com automação”, sustentou.